Retenção e desenvolvimento de talentos: o papel da cultura da organização

Nada como chegar em um novo ambiente profissional. Todo começo é um momento de grande riqueza e aprendizado, afinal é um universo novo. Cada organização com sua cultura, desde as normas, regras e organogramas, até os aspectos intangíveis como crenças, valores e padrões de comportamento não explícitos.

Ao interagirmos com o ambiente organizacional percebemos muito cedo em que medida a cultura afeta a compreensão das pessoas sobre as suas funções e responsabilidades no ambiente corporativo. Tal observação é essencial para sustentar uma reflexão ainda mais importante: em que medida a cultura afeta os resultados da organização e na produtividade das pessoas!

 

Cultura de dedicação versus Cultura de Talentos “Estrelas”

Um dos elementos que está associado à produtividade envolve a cultura de dedicação. A forma como a empresa encara seu desenvolvimento: uma jornada de crescimento lento e constante, um compromisso de valor com seus colaboradores (clique aqui e veja outras atitudes em prol da produtividade).

Em contraste com essa cultura tem-se a do Astro. Empresas centradas na figura de seu fundador, que vira um personagem quase mitológico, um herói que guia o crescimento meteórico. Pode funcionar para alguns, mas certamente falha para uma proporção maior.

Essa cultura de “Astros” gera capa de revistas e personagens midiáticos, e tende a gerar seguidores, um pequeno exército de profissionais “Estrelas”. E eis que os tais talentos passam a ser um trunfo para as organizações, que muitas vezes pensam em contratá-los para gerar grandes melhorias.

A cultura pode matar o Talento

Em que medida um talento profissional replica seu desempenho, sendo esse um atributo do indivíduo? Seria o desempenho algo inerente ao indivíduo, assim como as propriedades de uma máquina? Basta trocar o profissional de lavoura que sua produtividade será a mesma?

Tais perguntas são de grande valor, e o livro Perseguindo Estrelas buscou de modo muito embasado, observando o universo dos analistas financeiros nos EUA, verificar tal portabilidade. A resposta é um bom indício do poder da cultura e do papel da organização no desempenho do indivíduo. Ao que indicam os resultados apurados, a mudança de empresa não é corroborada com a sustentação do desempenho. Vale a leitura para quem quiser uma reflexão mais estruturada da questão.

Eis então o papel da cultura. Em que medida ela é a responsável pelo desempenho dos profissionais da organização? O processo de trabalho proprietários, dinâmicas de produção de cada organização, formas de gerenciamento de pessoas, entre outros são de grande importância na produtividade de profissionais.

Imagine-se mudando de empresa para fazer a mesma função. Ao chegar na nova empresa descobre um sistema diferente, um processo diferente. Sua primeira reação: vamos trocar pelo outro sistema! E algo muito provável é que seu rendimento, sua produtividade, caia, devido à necessária curva de aprendizagem.  Some a isso a mudança das pessoas e dos relacionamentos. Provavelmente teremos um cenário em que “talentos” individuais perdem importância para o esforço e a postura colaborativa de se integrar a uma nova realidade.

 

Quer produzir (e reter) talentos? Invista na cultura da sua empresa.

Empresas preocupadas em ser produtivas, naturalmente geram/desenvolvem quadros talentosos. Seus profissionais se destacam na medida do sucesso da empresa. Trata-se de um crescimento sinérgico: a empresa e seus colaboradores.

Cuidar da cultura é investimento essencial para gerar valor nas empresas. O tal ambiente, seus sistemas, processos e normas de relacionamento formal e informal dizem muito do compromisso e dedicação dos profissionais com o sucesso da empresa. Esse mesmo investimento é também um ativo para retenção de talentos: se os profissionais entenderem que são fruto do meio e esse contexto os tornam melhores, tem-se grande força para que a escolha seja a continuidade dos votos!

Portanto, cuide da cultura da sua organização como se isso fosse uma questão de vida ou morte. Pois na verdade é! Como diria o ditado: Colhemos o que semeamos!

 

P.S: Que sejam plantações de carvalho! (fica mais uma dica de inspiração: clique aqui)

Avaliação