Como tornar o jogo do Poder divertido?

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Falar em Poder desperta rejeição. Afinal, o jogo do Poder é refletido no nosso atual cenário de “Brasil em chamas”, envolve os grandes escândalos corporativos, revela o pior do ser humano. O único local divertido do jogo do Poder é nas telas, House of Cards ou no clássico Poderoso Chefão. Estereótipos de Poder que nos afastam da sua real definição.

Poder fazer.

Poder implementar.

Poder mudar o mundo.

O jogo do Poder precisa ser jogado. Ele é necessário para sobrevivência dos profissionais em suas organizações. Através dele que profissionais conseguem se destacar e melhorar o jogo.

Sim, é possível melhorar o jogo do Poder. Basta termos organizações sadias, lideranças inspiradoras, e culturas adequadas. Mas para isso é preciso ter Poder. A mudança vem de cima e para chegar lá, e ser um agente de transformação é preciso entender esse jogo. Entender seus limites de atuação e seus momentos. Se posicionar bem.

A leitura do livro Poder é muito didática e inspiradora para o entendimento do jogo do Poder. Longe de ser um manual maquiavélico, trata-se de uma narrativa clara da importância de ser visto, ser marcante, influenciar, entender o jogo para se posicionar.

Ter poder não significa necessariamente ser o primeiro no comando, significa se sentir no controle da sua carreira. Quem se julga com poder não se coloca como vítima. Aquele que sente que está com a rédea da escolha se sente empoderado! E isso muda sua qualidade de vida[i].

Como quase tudo na vida, os excessos parecem ser o problema. Estar a margem do poder não parece saudável. Acredito que existem dois tipos de pessoas que não jogam o jogo do Poder:

(i) as que fazem opções de vida, e nesse sentido estão com as rédeas (logo encararam de frente esse jogo e fizeram uma opção com suas consequências), e;

(ii) as que dizem não gostar disso por não quererem enfrentar essa agenda.

No primeiro caso, elas uma vez demonstraram ter poder de abrir mão de jogar o jogo. No segundo caso, “preferem” a posição passiva.

Quem está no jogo por sua vez não ganha sempre. O jogo não precisa ser perde-ganha. É uma construção que pode ser sadia. Pode ser divertida, precisa envolver propósito e ter pessoas com atitude de líder.

Acredito que três dicas são importantes na sua carreira e ajudam a navegar no jogo do Poder:

  • Escolha pessoas que têm aderência com seus valores. Seja para aceitar convites, seja para convidar: compartilhar da visão de mundo ajuda muito nas batalhas e guerras que vai enfrentar. São as pessoas ao seu lado que te dão ânimo e suporte. As lideranças na sua trilha do poder são essenciais. Escolha bem.
  • Conheça as “regras do jogo”. Para se ter poder em determinado assunto é necessário conhecê-lo. Poder não está associado apenas à vontade ou desejo de participar ativamente, mas à capacidade de fazê-lo. Sem a devida competência é impossível jogar as “regras do jogo”.
  • Tenha bons conselheiros externos. Ache pessoas que te conhecem e mantenha com elas uma via de escuta aberta. São elas que podem te ajudar a evitar os vícios do poder ou os riscos da acomodação e vitimização. Sempre temos escolhas e cabe a nós definir os limites do jogo.

Pense em um ideal, ele precisa de Poder para se viabilizar. Veja a história de uma grande organização e terá a agenda do Poder como seu pano de fundo. Uma leitura inspiradora nesse sentido é Plantando Carvalhos, afinal a metáfora mostra como a construção é uma jornada que demanda tempo, esforço e poder para empreender (e ser feliz).

 

[i] Leia o livro e veja a defesa com base em estudos científicos de terceiros que o autor apresenta.

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